terça-feira

तेओरिअस, तेओरिअस

Teoria do caos segundo Lily:

Como ponto de partida, começamos do lugar ocupado pelo amor no discurso dos amantes e na poesia. Ao sublinhar a força do mito do amor, força esta sustentada pela promessa de felicidade plena nas chamadas "histórias de amor", podemos apontar também a estratégia desse mito em manter-se na promessa de felicidade constante, afastando o "impossível", uma das denominações do real, ou transformando este mesmo amor em "proibido", algo impactante nas almas dos que platonizam e sonham demais. Freud já observara que o amor tende a funcionar como "modelo de busca da felicidade" e reconhecera sua natureza ilusória no sentido de consolar e tornar tolerável o mal-estar próprio dos seres humanos de sempre desejar o que ainda não tem.
Buscas, planos, sonhos, insatisfações.

Delineando as diferenças e articulações entre o amor e o desejo, termos de uso comum que, na prática, ganham contornos originais, neste contexto podemos radicalizar:
- Emoções precisam ser vividas, ou melhor, inesquecíveis. Quando não o são por serem tenras, que o sejam quando trágicas, mas sejam sempre inesquecíveis.
O sofrimento é parte constante da evolução.

Na relação entre amor e paixão, podemos situar o "problema do amor". Suas diferentes formas, ou ainda sua poligamia - inerentes dos que tem grande coração (risos). Em todos os casos, o amor é proveniente da sublimação entre duas pessoas, da cumplicidade, do entendimento entre dois seres diferentes, a demonstração maior que um ser pode revelar ao outro em sua plenitude. Mas esta demonstração de amor nunca deve ser confundida com desejos imediatistas e orgásticos. Como já dizia a Rita "amor é divino, sexo é animal".

O desejo, já proveniente da selvageria (desejo de comer, de caçar, de mudar, de procriar), torna a situação mais instigante, porém, incerta, duvidosa, tortuos, inconstantes... onde não temos ou não queremos ter certezas. Onde encontramos verdades duras e onde somos imaturos ao limite, além de receiosos, covardes... Porém felizes! Assim, o desejo não é nada pessoal. É egoísta, inclusive, serve para saciar "suas" vontades, realizar "seus" anseios . Mas afinal, somos ou não somos animais?

Teorias complicadas:
O amor as vezes coincide com a paixão, as vezes não.
Amor as vezes coincide com o desejo, as vezes não.
Amor as vezes coincide com o casamento, as vezes não.
E o mais complicado: amor as vezes coincide com o amor, as vezes não.
Tudo muito confuso. Tudo muito duvidoso. Tudo muito maravilhoso.

Complicado? Sim. Podemos ser complicados, terríveis e impiedosos.
Egoístas, egocêntricos, infiéis com os outros, e pior, infiéis com nossos próprios desejos, o que é pior que qualquer traição. Mas somos humanos e dotados de de grandes qualidades também.
Salve-se quem puder! Amem e dêm vexame! Amar sem , sem posses, sem trocas. Podemos amar muito, muitos. É importante não esquecer amores passados, eles exitiram de fato e precisam de um lugar especial na sua prateleira de troféus. Colecionem, troquem, mas não deixem de exercer seu papel no mundo dos amantes. Ame e dê vexame!
"Deixe que o beijo dure, deixe que o tempo cure".

Mas lembrem bem de Vinicius e sua receita para viver um grande amor!

"Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso - para viver um grande amor".